terça-feira, 30 de dezembro de 2014

TOPs 10 - Melhores Filmes de 2014

2014 está prestes a terminar e para mim foi ano especial de se ver muitos e MUITOS filmes, especialmente lançamentos que foram excelentes.
Para comemorar essa especialidade vou listar os TOPs 10-Melhores Filmes de 2014. A seleção funcionou da seguinte forma: são duas listas com 10 filmes cada e são divididas entre “alternativos” e “blockbusters”.
ALTERNATIVOS: são películas de arte não muito atrativas ao público.
BLOCKBUSTERS: são filmes populares que obtiveram muito marketing.

Comentem, compartilhem ou ate compartilhem as listas. Então vamos começar: 




Desejo a vida de todos, tudo de bom a melhor.


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Olho de Cão



Olho de Cão”

Escrito por Robson Nakazato
(29/09/2014 – Segunda feira)

AVISO do AUTOR:
– Antes de começar a ler o texto abaixo; a leitura deste roteiro exigirá imaginação do leitor, ou seja, enquanto estiver lendo imaginem como um filme. A narrativa é em “primeira pessoa”, o espectador vê toda ação ocorrer através de algum ponto de vista que na maioria dos casos é por uma câmera segurada por alguém. Exemplos de filmes que utilizaram essa técnica de primeira pessoa são: A Bruxa de Blair (1999), Cloverfield - O Mostro, (2009), a série Atividade Paranormal e Poder Sem Limites (2012).
– Esta crônica é uma homenagem à escritora russo-brasileira Tatiana Belinky, famosa por suas histórias com finais abertos e que fazem o leitor utilizar a imaginação de como será o fim da dela.


Abre a cena com imagem em preto-e-branco. Aparece um jardim gramado fresco, em um dia ensolarado, até que surge um líquido escorrendo ao lado e  uma pessoa com olhar surpreso, vendo diretamente do ponto de vista do leitor. Este chega mais perto para olhar melhor e faz uma cara como se tivesse feito uma cagada. E aí resolve chamar uma garota.

ANTONIO – Letícia! Letícia vem que cá ver! 
LETÍCIA – Ai Meu Deus do céu. (Bota as mãos na boca e no nariz) Nós dois matamos o cachorro do dono.
ANTONIO – Não. Não apenas um cão do síndico. Matamos um cachorro de uma espécie rara, que parece um filhote leão, que é na verdade um cruzamento entre pastor alemão e poodle. E esse cão fazia as pessoas de fora da casa cagarem de medo.
LETÍCIA – O que vamos fazer?
ANTONIO – O que vamos fazer com esse gramado que tá todo borrado de sangue. E ainda o dono vai chegar hoje. Portanto eu sinceramente não sei que devemos fazer.
LETÍCIA – Olha vamos o seguinte: tiraremos esse corpo daí e depois daremos um jeito no gramado.
ANTONIO – Ok.

Letícia se prepara para levantar o cão. Antonio a interrompe e pede para fazer algo antes.

ANTONIO – Espera. Antes, feche os olhos do cachorro.
LETÍCIA – Não. Não consigo. Olhe para os olhos azuis dele são tão cristalinos que não consigo tocá-los.
ANTONIO – Bom, se você tá com essa frescura, eu fecho para não perdermos tempo.

Antonio cobre os olhos do cão e assim tudo fica escuro. Porém imediatamente a imagem se abre sob a perspectiva do cão. Antonio e Letícia se preparam para levantar o cadáver, mas percebem que o olho do animal se abriu.

LETÍCIA – Antonio! O olho dele abriu sozinho!

Antonio fecha novamente os olhos e a imagem fica escura. E mais uma vez o olho se abre e vemos Antonio e Letícia carregando o corpo e depois o deixam  no chão. Os dois percebem que um dos olhos não está mais fechado.

ANTONIO – Cacete desse olho azul cristalino! Letícia, faça o seguinte: pega um pano bem velho, um jornal e uma daquelas sacolas grandes de compras, tipo aquelas do Shopping China grandonas. Vamos enrolar o corpo no pano, depois embrulharemos no jornal, colocamos na sacola e depois enterraremos em um aterro ou lixão.
LETÍCIA – Aterro sanitário ou lixão?!
ANTONIO – É a melhor forma de disfarçar o cheiro.

Letícia fica convencida imediatamente pela ideia de Antonio e vai à busca das coisas exigidas. Enquanto isso, Antonio tenta se distrair e acalmar sua tensão. Começa brincar com os olhos azuis cristalinos do cadáver, abrindo e fechando; como se ele estivesse piscando. Devido essa brincadeira a imagem começa a focar em Antonio, e assim o olho começa a se mover. Até que a brincadeira faz com que o olho saia da cabeça do cachorro, fazendo com que Antonio se assuste.

ANTONIO – O caralho!
LETICIA – O que tá acontecendo aí?
ANTONIO – Nada!

Enquanto os dois estavam falando, o olho saiu rapidamente do campo de visão do Antonio, deixando ele ainda mais nervoso depois de sua idiotice. O olho saiu rolando até ficar embaixo de um arbusto, de onde é possível ver amplamente toda a cena.

ANTONIO – Puta que pariu. Cadê o maldito olho azul?

Antonio ouve Letícia se aproximando e tenta achar alguma coisa capaz de tapar o buraco no crânio canino. Então revolve pegar a própria bolinha pula-pula que tinha o desenho de um olho. Ele a enfiou fundo, dando uma cotovelada como se fosse um martelo até que a bolinha ficou presa. Ele conseguiu fazer tudo isso antes da chegada de Letícia.

LETICIA – Nossa você conseguiu deixar de olho fechado.
ANTONIO – É. Sou foda.

A dupla enrola o corpo embrulhando com o jornal. Antes de carregar o cadáver e levar para o aterro, eles ouvem um barulho de carro chegando e o portão eletrônico começa a abrir. Desesperadamente tentam encontrar um esconderijo. A dupla esconde o morto em um baú, trancam-no e depois colocam um pano por cima do baú. A porta da frente se abre. O dono do cão defunto sai do carro junto com um gato branco. O dono abre a porta da frente e seu gatinho vai em direção ao arbusto onde está o olho. Enquanto Antonio e Letícia cumprimentam o patrão, o mascote felino brinca com olho como se fosse novelo. Quando o dono vai ver o seu gato, ele fica com olhar surpreso e diz para os inquilinos:

DONO – Ei! (Virando a cara para os inquilinos) Mas que PORRA é essa?!

Nessa hora o gato se assusta e joga o olho, que cai em uma poça. Assim a cena fica escura e apenas se ouve os gritos das três pessoas e miados do gato.


Fim

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Imóvel ao Fim de Semana



“Imóvel ao Fim de Semana”
(10/12/2014 – quarta feira)
Escrito por Robson Nakazato


Inicia–se com a imagem em preto e com uma narração em “off ” (narrador em primeira pessoa que relata sem aparecer em cena).

ACADÊMICO – Desde que sai da minha terra natal, Campo Grande, passei a morar em El Dourado por causa da faculdade. Minha vida passou a se tornar uma rotina sistemática; mesmo que eu volte para casa nos finais de semana, ,inha vida se tornou igual àqueles videoclipes no qual o cantor fica numa posição de estatueta reta e o fundo é todo movimentado, na qual o mundo está cada vez mais com pouco tempo. Para entender um pouco do que eu estou falando veja o clipe de Phil Collins (http://www.youtube.com/watch?v=ZQJh-oU0M9Y).

O Acadêmico acorda e ele vê na sua mente a sua rotina diária da semana. Ele permanece reto, em sua posição e o fundo se movimenta de forma frenética, o ambiente se altera com o decorrer de cada dia; até chegar sexta–feira com o Acadêmico sentado em um banco, depois ele se levanta, começa a caminhar e fala novamente com leitor.

ACADÊMICO – Isso mesmo, até os sábados e domingos não servem para “quebrar a rotina”; se fosse ao contrário eu não percorreria 230 km de distância, não perderia exatamente 7 horas na estrada. E ainda mais, às vezes existem obstáculos nos finais de semana. Acompanhem a minha agenda:
Ø  Sextas–feiras:
– Enfrentar 3:30h de estrada pela única empresa de ônibus com o trecho (El-Dorado - Campo Grande), ou seja, você deve se adequar aos horários definidos pela empresa.
Ø  Sábado:
–  Ajudar a fazer o almoço espetáculo (almoços trabalhosos) ;
–  Limpar o quintal;
–  Jogar vôlei de tarde;
–  E a melhor parte do dia: jantar em restaurante.
Ø  Domingo:
– As vezes tenho que ajudar  na realização de alguns eventos;
- E o pior: ver o que final de semana acabou e não consegui aproveitar e nem descansar;
– E nesse dia ainda tenho que voltar  El-Dorado e enfrentar mais uma semana que se inicia.

No dia seguinte, o Acadêmico levanta da sua cama, vai para a universidade, encontra um banco para se sentar e faz perguntas ao leitor:

ACADÊMICO – Mas aí vocês devem estar se perguntando: “por que eu não me recuso ou simplesmente digo NÃO para esses afazeres?”. E eu também te pergunto: “é fácil você dizer NÃO para sua vida?”.

O Acadêmico se levanta do banco.

ACADÊMICO – Se você é bolsista, por exemplo, recebe vales ou recursos financeiros para estudar ou trabalhar em projetos. (O Acadêmico aponta o dedo para esse bolsista do exemplo). Olhem para aquele Sujeito, é um conhecido, que não possui boas condições de vida; ele é um acumulador de bolsas, que ninguém sabe quantas ele tem. Vocês acham que ele diria algum “não” para os projetos que ele faz? Ei Sujeito, chega aí. Me diga se tem coragem de falar algum “não” para algum projeto que você ganha bolsa?
SUJEITO – Olha devido ao meu excesso de bolsas e projetos que participo é muito exaustivo para mim. Mas se eu disser “não” às atividades obrigatórias, corro sérios riscos de perder tudo.
ACADÊMICO – Se sua situação financeira fosse oposta, se seus pais ralassem e conseguissem te manter aqui. Seria possível falar algum NÃO a eles?
SUJEITO – Eu penso da seguinte forma: na situação de negar ajuda no almoço, meu pai diria: “É assim? Ralo para te por na universidade, te dou oportunidade e é assim que você me agradece? Pois não é minha obrigação a fazer isso e já que você se acha o dono do próprio nariz então utilize sua mesada presidencial para pagar suas contas!”. Logo, apesar de ter coisas que não gosto de fazer, tenho a obrigação de cumprir.
ACADÊMICO – Ok. Muito obrigado.

O Sujeito sai de cena. Após o Sujeito se retirar o Acadêmico, olha para leitor querendo lhe dar sermão:

ACADÊMICO – Está vendo? Se você é acadêmico como eu e acha tão simples dizer “não” para sua vida fora da faculdade, você é cego com aqueles que lutam por você.

Acadêmico anda pela cidade e manda seu recado:

ACADÊMICO – A vida sempre é complicada. O desejo de torná-la boa deve ser encarado com responsabilidades, caso contrário, faça uma boa ação e repense em todas as suas atitudes e veja que tem muita gente que gostaria de ter as suas oportunidades.

O Acadêmico senta em um banco de uma praça e olha diretamente a uma grande imagem de Campo Grande.

ACADÊMICO – Sabem o que mais desejo fazer quando vou para lá? Simples! Acordar de manhã; tomar café tranquilamente; sair e ir para o centro da cidade; comprar alguma bobeira; cortar o almoço; e deixar a cozinha quieta.



Fim


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Você e mais 19999 inscritos no canal Meus Dois Centavos de Tiago Belotti

Em primeiro lugar, eu quero deixar claro que essa será a primeira, única e ultima vez que estou fazendo isso, pois meu objetivo não é fazer propaganda. A pedido de um crítico de cinema na qual eu sou muito fã decidi ajudar junto com outros fãs a fazer divulgação. 

O cineasta e crítico de cinema Tiago Belotti do canal do YouTube "Meus Dois Centavos" quer fechar 2014 com chave de ouro tendo 20.000 inscritos uma tarefa complicada até fim do ano. Portanto peço a você conhecido, leitor do Pulp Alter e pessoa que estiver simplesmente lendo isso se tiver uma conta própria no YouTube por favor inscrevam-se no canal como uma boa iniciativa de ajudar. Diferente de muitos críticos de jornais e revistas Belotti para mim é avaliador de filmes mais acessível e compreensivel ao publico, aconselho a você(s) assista pelo uma crítica de preferência de um filme que você(s) já viu.

Este é link do canal dele: https://www.youtube.com/channel/UCiSarBtpSphUrxtKDIW9c_A
E também um video sobre seu desejo: https://www.youtube.com/watch?v=VyXM_e6PXAI

PS: não estou fazendo isso também só para ganhar o dvd do filme dele "A Capital dos Mortos". Novamente falo que é divulgação de algo e nada de mais.



Robson Nakazato

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Ao Mestre Com Honestidade

“Ao Mestre com Honestidade”

(15/07/2014 – Terça feira)

Escrito por Robson Nakazato



Em um ginásio de colégio público que estava lotado de alunos, professores, funcionários terceirizados e coordenadores. No palco está subindo um palestrante chamado Brian. Os funcionários mais antigos o reconhecem como ex-aluno e todos estão cochichando sobre o que ele irá falar.

- Ah não, lá vem outro Zé que irá falar sobre a importância de estudar, ter educação, fazer uma faculdade ou participação acadêmica.
- Será que ele não pode falar outra coisa contrária disto?
- Aposto que ele jamais irá falar mal da profissão ou de seu arrependimento de ter perdido 10 anos de sua vida apenas em estudos.

O Diretor do colégio pede para que todos os presentes fiquem em silêncio e começa apresentar o Brian, apoiando com uma mão no ombro do seu ex-aluno. Até que o Brian começa a falar seu discurso:

BRIAN – Olá, bom dia a todos. Meu nome é Brian. Vocês estão pensando: “nossa que nome mais americano”. Meus pais me batizaram com este nome porque no inglês o som e as letras lembram a palavra “cérebro”. Como a maioria dos brasileiros, vivi em uma situação miserável na infância e na adolescência. Por toda minha vida meus velhos sempre me diziam para valorizar este órgão (fica apontando o dedo na cabeça). E jamais dê importância algum outro órgão, como por exemplo: . (Nesse momento todo mundo começa a olhar para Brian e presta atenção no seu discurso).

Brian dá uma pequena pausa e volta a discursar fazendo uma pergunta:

BRIAN – Eu queria saber quem de vocês assistiu a serie de TV Breaking Bad?

Grande parte levanta a mão.

BRIAN – E vocês devem estar se perguntando qual a tradução para o português. Traduzindo significa “Quebrando Mal”. Mas qual é o sentido desta expressão?

Todo muito fica com a pulga atrás da orelha em querer saber. Até que alguém responde:

ALUNO – Significa que uma situação que já estava ruim com o passar do tempo fica cada vez mais pior. Ou seja, “de mal a pior”.
BRIAN – Exatamente, senhor?
ALUNO – Jonas.
BRIAN – Obrigado, Jonas. Vocês devem estar se perguntando por que alguém com mestrado está aqui num colégio falando de Breaking Bad, ao invés de dar aula na universidade. Porque a situação da educação brasileira está seguindo exatamente este rumo tanto aqui, no ensino fundamental e médio quanto no superior. E tudo isso é culpa de vocês, estudantes, que arruínam a educação brasileira.

Assim que o Brian ofendeu os alunos estes começam a prestar mais atenção nele.

BRIAN – Ainda tem alguns que dizem que a principal causa é falta de qualidade de ensino e dos professores. Mas eu lhes digo que não é. Todo professor ralou para estar aqui e dá o melhor de si para gerar aprendizado.

Brian desce do palco.

BRIAN – Já se perguntaram quais os motivos de vocês arruinarem o ensino? Por dois motivos: a valorização da cultura ridicularizada e incompetência do seu governo!

Brian põe a mão no bolso para pegar uma coisa.

BRIAN – Devido a influencia da cultura atual e a globalização, vocês jovens não se passam como “bateria” para isto. (BRIAN tira a mão do bolso e segura um iphone, e demonstra isso de maneira similar ao personagem Morpheus em uma cena abaixo do filme Matrix).



Brian liga um projetor de imagens e demonstra imagens de propaganda política, sendo que uma delas tem a seguinte frase: “Alunos de baixa renda que entram nas universidades com cotas é sinal sinônimo de melhora na qualidade na educação”.

BRIAN – Mas a culpa não só dos estudantes. Deveríamos sentir vergonha do nosso governo e sua propa(en)gana populista política, que só se preocupa em elevar a massa populacional nas universidades, ao invés de melhorar a qualidade nas escolas de ensino básico, o lugar fundamental para formação. E é por isso que muitos de vocês que ao pisarem no solo acadêmico irão sentir-se ilhados nas explicações teóricas dos professores.

O projetor exibe uma frase hipnótica: “Change Brain” (“Mude Cérebro”). O projetor desliga e Brian pega um lenço para enxugar o suor na testa. Sobe ao palco, toma uma água e faz outra pergunta:

BRAIN – To ficando quase sem voz de só ficar falando. Antes de terminar queria fazer uma última pergunta: quem de vocês já trabalhou?

Muitos levantam as mãos.

BRIAN – Deixe-me adivinhar, muitos de vocês trabalharam em caixa de supermercado e na roça, certo?
ALUNOS – Sim.
 BRIAN – E alguns de vocês gostam ou se orgulham pelo trabalho?
ALUNOS – Não!
BRIAN – Sei o motivo. Vocês foram forçados pelos pais/familiares ou simplesmente tiveram dificuldades financeiras. Eu sobre este ponto de vista entendo que para você vencer na vida não é nada fácil. Está aí a incapacidade dos professores em não incentivarem vocês a não enxergar o futuro de suas vidas sem necessariamente ter cursado uma faculdade, ou seja, ter investido em um hobby,  MAS não pensem que isso é sinônimo de largar de estudar. Hobby é dom natural que se descobre sozinho quando se tem amor ou prazer por aquilo que se faz e sem necessariamente muito esforço para o desenvolver. Se você sabe que é bom com números e faz contas sem erros: seja um contador; se você escreve bem: seja um escritor ou redator; se você tem facilidade com mapas através de programas de computador, dá para ganhar dinheiro com moleza.

Brian desliga o projetor e fica na beira do palco para dar um aviso.

BRIAN – Então para concluirmos este discurso polêmico vou fechar com minhas mensagens: “Enriqueça seu cérebro para entrar na universidade” (CHANGE BRAIN)! “Encontre seu hobby!”. E lembrem-se do meu lema: “SEJAM ÚTEIS PARA A SOCIEDADE! SEJAM ÚTEIS A SI PRÓPRIOS E DEEM UM SIGNIFICADO PARA SUAS VIDAS!” (levanta seu rosto para céu) “SEJAM ÚTEIS!!!!!!”.

Brian desmaia e cai de encontro ao chão. Brian é socorrido. O Diretor do colégio aparece em cena à frente do palco e fala com os alunos:

DIRETOR – Bom. O mestre aqui deixou bem claro a vocês! Aqueles que querem encontrar seu hobby que contribua para  a sociedade vão para casa, pensem e reflitam sobre seu futuro. E aqueles que querem pisar em uma universidade, por favor, fiquem aqui.

Grande parte dos alunos se levanta e saem não muito animados por terem sido dispensados loucamente. Um pouco mais de um terço dos estudantes permaneceram. Quando estava calmo e em silêncio, o Diretor fala com Brian:

BRIAN – Ok Brian. A barra tá limpa.

Brian abre os olhos e se levanta com um sorriso.

DIRETOR – Bom trabalho e foi um belo discurso, hein.
BRIAN – Essa operação varredura dos alunos arruinadores sempre funcionou.



FIM

“Feliz Dia do Professor. Especialmente à professora NANCY”.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Os Outros Três Macacos

“Os Outros Três Macacos”

 (18/05/2014 - domingo)
Escrito por Robson Nakazato


Numa manha silenciosa, calma e tranquila em uma sala bagunçada com três irmãos estavam dormindo como se estivessem caídos na ressaca e cada um está em uma posição diferente: um levantado, um sentado e uma deitada. Até que toca o telefone e os despertam na qual um fala pro outro para atender.


KAMERON – Ju atende ao telefone.

Juliana levanta um pouco a cabeça, olha para o Kameron e vê que ele tá de pé. E fala:

JULIANA – Ah você ai pé e levantado. Anda e atende você.
KAMERON – Não sei se você tá cega, mas os meus braços estão meio aqui crucificado. E você com essa sua preguiça de tá aí deitada! Anda levanta logo sua baleia vagabunda!

Juliana tenta se levantar pondo suas mãos contra o chão. Porem não está conseguindo se levantar. O telefone continua tocando.

JULIANA – Não consigo.
KAMERON – Ah tá aí de frescura de patricinha e gorda. Anda logo vadia!
JULIANA – Mas...gente não to conseguindo mesmo. Parece tem alguma coisa pesado atrás de mim. Laszlo tem alguma coisa nas minhas costas?

Laszlo acorda levantando sua cabeça que foi apoiada na mão. E olha para Juliana. O telefone continua tocando.

LASZLO – Não tem nada não.
JULIANA – Laszlo já que você tá sentado ai vai e atende logo a porra do telefone.

Laszlo se estica e tira a preguiça. Apoia suas mãos nos braços da cadeira onde tava sentada. Porem não consegue sair da cadeira e sente como tivesse colado super-cola no rabo dele. O telefone continua tocando.

LASZLO – Nossa! É impressão minha ou alguém fez a brincadeira de passar cola na cadeira antes de eu me sentar.
KAMERON – Ah para de palhaçada se achando que é um paralitico. E atende logo a droga do telefone. Porra!
 LASZLO – Mesmo se eu fosse um paralitico não acha que eu estaria numa cadeira de rodas?  Afinal Kameron, você que tá levantado ai e tá mais perto do telefone. Então faca questão de sair da preguiça e atenda você o telefone. Caralho!
KAMERON – Caralho da porra!

Kameron dobra seus braços e se mexe para sair. Ele dá um pequeno salto em frente, começa a andar e depois cai de repente.

KAMERON – Ai! (Som de correntes em movimento) Que porra é essa?!

Kameron vê suas pernas acorrentadas com bolas de mármore pesado. O telefone continua tocando.

KAMERON – Mas que merda é essa? Quem foi o engraçadinho que colocou essa porra em mim? Quem foi?
JULIANA – Afinal quem foi que fez isso com a gente?
KAMERON – Sei lá.
LASZLO – É impressão minha ou a gente meio que acordou como se saíssemos de uma ressaca igual no Se Beber Não Case. Sendo que a gente nem bebeu, fumou ou usamos drogas.


A mãe do trio de irmãos abre a porta e fala com os filhos:

MAE – Ah...sobrou um pouquinho de calda de chocolate que não dá pra dividir em três. Entao quem chegar primeiro ganhara calorias de gordura e prazer ao bem estar.

E ai os três olham um para, fazendo um olhar com a sensação de querer ouvir prováveis sons de briga. Mas imediatamente todos se disparam pra correr de acordo com a posição estável (toca uma musica de suspense). Juliana engatinha deitada, como se fosse soldado. Kameron arrasta as bolas para se locomover. E Laszlo tenta sair da cadeira e quando sai está com posição de estar sentado, ao tentar andar isso arruína as batatas da perna e os joelhos. Todos fazem de tudo para chegar a cozinha para pegar a cobertura de chocolate do bolo, assim cada tenta de uma maneira de também atrasar o outro.


Storyboard (imagens de uma sequencia para visualizar) da corrida dos irmãos.

Todos veem um bebe terminando de comer a calda de chocolate sentado como se fosse daquelas fotos de imagens belas que ficam em molduras ou alguns a vendas. O bebe se levanta dando um tchauzinho. E depois cai no chão e então sai engatinhando normalmente.


Fim

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Pirulito Solucionável

“Pirulito Solucionável”

(20/05/2014 – terça feira)

Escrito por Robson Nakazato



NOTA do AUTOR: nesta publicação é diferente das anteriores. Pois não é  uma escrita de um roteiro comum, isto é na verdade um mini conto com ritmo crescente. 


Tudo começa na forma mais simples e é resolvido sem muito esforço: uma pequena criança chora e seus pais dão um pirulito vermelho só para que ele pare de chorar.
Alguns anos depois a mesma criança já crescida colou na prova, mas é pega no flagra do professor.
Já adolescente, perde sua virgindade com a namorada deslocada. E rapidamente repentina cai na realidade crucial da vida de adulto, tendo a partir daí encarar duas responsabilidades: o nascimento de seu primeiro filho e ingressão acadêmica na UFGelD (Universidade Federal da Grande el Dorado).
Um dia durante sua graduação ele elaborou um puta de um projeto perfeito para ser roubado como um TCC. Porém sente tensão de executá-lo pois está com uma sensação de estar com a corda no pescoço na ponta dos pés circulando, por estar com dividas com DP.
Após muitos anos de muito esforço e batalha como administrador gestor de ensino a educação (desde escolas até reitoria), está prestes a concorrer às eleições. O que ele não esperava vir em sua campanha de candidato, algumas marcas do passado não esquecidas pelas pessoas que sofreram por suas ações.
Mas quando o sistema é perfeito às vezes é muito difícil reverte-lo. Hoje como candidato eleito com 4 anos de governança, fuma seu charuto, bebe um copo de mistura Jack Daniels & Johnny Walker e olha pela janela vendo sua cidade que irá dominá-la. Seu assistente lhe pergunta o que fará agora?
- “Esperamos. Esperamos até alguém deste lugar chore, até toda esta cidade choramingar coletivo. Aí damos a eles isto (levanta aquele mesmo pirulito vermelho) como se fosse algo massivo (faz um pequeno sorriso de malandro)”.



“Não tem FIM até que a situação atual não mude”

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Inscrição

“Inscrição”

(31/03/2014 – segunda feira)

Escrito por Robson Nakazato



Uma mulher termina de fazer a inscricao de um candidato calouro e dá lhe as boas vindas dando um aperto de mãos. E depois chama a próxima pessoa da fila.

MULHER – Próximo.

Uma pessoa se levanta e vai em direção à mulher. (Só que sem mostrar o seu rosto e a cor de pele. Assim ele está bem agasalhado). O candidato dá os documentos (CPF, titulo eleitoral e do exercito, e até o RG com a foto de seu rosto de cor amarela).

MULHER – Bem. Eh Bryon Barr. Você fala português?
BRYON – Sim. Falo fluentemente.
MULHER – OK. Pelo que consta no sistema você se inscreveu pelo ENEM como cotista e  alega que sua cor de pele é amarela.
BRYON – Sim. Por que tem algum problema com a minha coloração?! Você tá achando que me pintei para entrar aqui e depois você poder me humilhar pensando que trapaceei. Isso é preconceito racista e vou chamar os responsáveis aqui pelos meus direitos humano...
MULHER – Calma meu jovem, por favor, acalmes-se. Eu não quis te ofender pela cor de raça. É que para candidatos que são cotistas precisam ser avaliados por mim.
BRYON – E o que vai fazer?
MULHER – Bem eu farei uma serie de perguntas a respeito sobre você. Vamos lá.
BRYON – Tudo bem manda ai. Que to pronto.
MULHER – Onde seus pais nasceram?
BRYON – Minha mãe é daqui mesmo se não me engano na Amazônia ou Mato Grosso Sul. Porque ela é descendente indígena.
 MULHER – E seu pai.
BRYON – Eu não sei muito a respeito sobre ele. Sei que ele é americano nascido numa cidade escondida e não localizada nos EUA.
MULHER – Onde eles estão agora?
BRYON – Já morreram há muito. Em algum lugar cada um.
MULHER – Tem algum parente?
BRYON – Não. Todo mundo já foi. Sou o único sobrevivente desta família. Estou neste país por acaso.
MULHER – Nunca pensou fazer um teste de DNA?
BRYON – Teste de DNA aqui?
MULHER – A respeito sobre o seu pai por acaso ele era também indígena?
BRYON – Não. Ninguém nunca falou a respeito sobre ele. Alguns parentes meus disseram que ele era um bêbado que morava ou frequentava num bar naquela cidade sem localização; por isso pelo sobrenome. Mas alguns tios meus haviam dito que ele era um gênio da informática que tinha louca obsessão de que querer pegar uma mulher de vestido verde e cabelo azul.
MULHER – Como é que eles se conheceram?
BRYON – Não sei. Se não me engano minha mãe foi drogada ou embriagada pelo meu pai e ai deu role.
MULHER – Bem agora quero saber sobre a sua situação financeira. Você trabalha ou alguém te sustenta?
BRYON – Sou sustentado por uns parentes dos meus avos. Eles pagam as contas do lugar onde eu moro.
MULHER – Ok. Você já me mostrou todos os documentos de inscrição e passou pela minha avaliação. Agora vá aquele rapaz ali para tirar uma foto para sua carteirinha.
BRYON – Pera aí! Até aqui na universidade vocês fazem caridade para os ingressantes?
MULHER – É. Mais ou menos. Porque na inscrição feita na internet você se inscreveu como cotista de cor amarela.
BRYON – Porra vocês conseguem fazer isso com pessoas de outras cores alem do branco! Nossa mas que maravilha aqui, fiz uma prova nacional com respostas disponíveis na internet e sem ter feito um projeto durante o colegial. Caralho, velho! Meu país as universidades só entram com execução de mini-projetos e QI cerebral dos estudantes.
MULHER – Pois é. A inteligência sempre está inferior às emoções e a religião. E também nas escolas as pessoas são fracas sensitíveis ao bullying e não conseguem dar um dane-se a essas coisas.
BRYON – Nos colégios da minha cidade alunos que atrasam ou atrapalham são suspensos ou expulsos. Muito obrigado.
MULHER – Seja bem vindo.

Bryon sai de cena. A mulher tenta se acalmar e recuperar o seu estado normal para chamar outro candidato.

MULHER – Próximo.

A mulher mexe no computador para esperar a chegado da próxima pessoa. Esta pessoa se senta em frente à mulher. A mulher olha para o próximo candidato, olha para a pessoa (com olhar arregalado) e este fala.

CANDIDATO – Oi. Aqui é o concurso publico para humoristas animarem os acadêmicos de graduação, doutorado e mestrado na universidade? [Está pessoa é Estatua 2 (Fabio Pochart-no video ESTÁTUAS do Porta dos Fundos) pintado de dourado].




Fim

terça-feira, 29 de julho de 2014

Setor RH – Calendário

“Setor RH – Calendário”
(06/12/2013 – sexta feira)
Escrito por Robson Nakazato


Em um pequeno escritório encontra-se o Chefe Calendário, ele aperta seu interfone para pedir para sua secretaria permitir a entrada de alguém que marcou hora de atendimento.

SECRETARIA – Senhor?
CHEFE – Chama o rapaz que marcou hora agora que é o ... Agosto.
SECRETARIA – Sim senhor.

A porta se abre. O Chefe se levanta para recebê-lo com aperto de mãos.

CHEFE – Bom dia Agosto. Tudo bom?
AGOSTO – Eu vou muito bem.
CHEFE – Bom se você se não estiver muito bem você sabe pode pegar a vontade uma água ou cafezinho.
AGOSTO – Não na boa senhor. Eu to bem.
CHEFE – Hum... Você que sabe. Então... O que posso servir a você estando aqui neste exato momento? Há algum problema com seus dias?
AGOSTO – Bom eu queria dizer uma coisa que percebi durante este tempo todo desde que a maioria do mundo, exceto os chineses, passou a nos adotar a empresa Calendário.
CHEFE – O que é?
AGOSTO – Eu percebi que muita gente acaba me detestando porque eu tenho algum dia especial.
CHEFE – Mesmo?! Deixa-me dar uma olhada aqui nos arquivos.

O Chefe vai ao computador e da uma olhada nos dias importantes e comemorativos de Agosto.

CHEFE – No segundo domingo você comemora o dia dos pais. Isso não é bom?
AGOSTO – Mas senhor domingo já é o dia que ninguém faz porra nenhuma ou só vai ver Faustão.
CHEFE – Hum... Vamos ver...dia do Estudante.
AGOSTO – Do que adianta ter esse dia para o aluno, se não é a mesma coisa que a comemoração do dia do professor.
CHEFE – Ha...impossível não haver um lugar que te comemore. (Chefe olha com olhos arregalados) Oh...eu sabia que tinha alguma coisa. No dia 26 é aniversario de Campo Grande, não o bairro carioca, mas a capital do Mato Grosso do Sul.
AGOSTO – Ah por favor senhor. Eu sei que a cidade cada vez mais foda, mas...
CHEFE – Pera ai você tem no dia 22, o folclore. Olha só uma data celebrativa da cultura brasileira.
AGOSTO – Está cultura brasileira!

Agosto estala os dedos e uma TV liga num passe de mágica. Na TV demonstra imagens de: estupidez irracional, futebol, praia, fio dental, funk, sertanejo, carnaval, dependência religiosa, violência, ignorância à educação, humor besteirol favela, manipulação política e jornalística.

AGOSTO – Hoje em dia ninguém mais liga por estas lendas mentirosas brasileiras. Por causa da globalização, os jovens de hoje sempre perderam a crença dos nossos mitos.
CHEFE- Exemplo?
AGOSTO – O Boto e a Iara. Quem hoje em dia acreditaria que a natureza criaria uma beleza estática humana de: um homem que se transforma em bicho que é quase um golfinho, e uma mulher com cauda de sereia por baixo; já que na praia todo mundo consegue encontrar coisa melhor. Quer outro exemplo. O saci. E quem iria acreditar que um neguinho de uma perna tem capacidade fazer um pequeno furacaoem baixo de si. Pra mim esse absurdo tem tudo haver com o bagulho que ele fuma.

O Chefe com saco cheio bate as mãos na mesa.

CHEFE – Porra Agosto eu to tentando te ajudar! Mas você também não tá colaborando comigo. Olha seja sincero comigo o que realmente tá te incomodando.
AGOSTO – Bem, para as pessoas que nasceram antes do ano de 1955 eu sou o mês traumático. O povo brasileiro me culpa pelo suicídio de Getulio Vargas, o pai dos pobres e o presidente mais amado do Brasil.
CHEFE – Mas você não deveria se culpar pela...
AGOSTO – Pela atitude de suicídio dele. Eu sei. Mas como é pensamento do brasileiro, a emoção acima da razão. E o senhor já ouviu que o Abril havia contado?
CHEFE – Não, como é?
AGOSTO – Ele disse: “Todos os meses do ano possuem um numero representativo para data. Sabem qual o mês que você 30 dias com sensação inacabada? Peguem o numero oito do Agosto. E vire 90 graus” (Segura um papel com o símbolo do infinito).

Depois que o Chefe ouve toda historia de Agosto se sente um pouco cansado.

CHEFE – Olhe Agosto como seu chefe eu tenho que administrar a produção do calendário que as pessoas marcam, e gerir você e os outros onze. Vamos fazer o seguinte daqui a pouco você já começará seu trabalho de 30 dias. Volte aqui quando você se terminar e ai a gente discute mais sobre estas questões. Ok?
AGOSTO – Tá.

Agosto sai da sala e fecha a porta. O Chefe Calendário  dá um sopro de cansaço. Aperta o interfone para chamar sua secretaria.

SECRETARIA – Senhor?
CHEFE – Pega as folhas de papel dos meses de Fevereiro e Março. E também o meu rifle para decidir quando vai ser o carnaval dos próximos anos.



Fim

Bem Vindo (Apresentação Introdutória)

Olá.  Meu nome é Robson Nakazato.



Sou escritor amador e editor de publicações do Blog Pulp Alter. Neste blog serão publicados pequenas histórias (esquetes, crônicas ou contos) de idéias criticas, reflexivas e divertidas que abordam vários assuntos da sociedade moderna como: cultura, religião, esportes e futilidades ou ridicularidades apreciadas pelo povo.
Funcionamento do blog seguirá da seguinte forma: será uma história publicada por mes ou mais publicações . A duração de permanencia para mim será 6 meses e tudo dependerá muito da colaboração dos leitores; se ate este tempo as pessoas quererem mais vou continuar.
Duvidas ou perguntas que o leitor(a) tiver mande no email (robsonnakazato@gmail.com), nos comentarios das postagens ou ate na pagina do Facebook.


"Sejam muito bem vindos ao blog e espero que voces encontrem algo novo."