sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Top 10: Melhores Blockbusters de 2017


Olá. Quase um mês de atraso mas pelo menos eu consegui assistir a todos filmes e é hora de fazer uma pequena retrospectiva sobre o que foi lançado em 2017. Assim como eu fiz no ano passado esta lista é só dos blockbusters (tudo o que o grande público quer assistir); enquanto a lista dos filmes alternativos ou artísticos ficar depois da cerimônia do Oscar.
PS: muita gente apontou Blade Runner 2049 como blockbuster, ele não vai entrar nesta lista devido a falta do ritmo ser mais dinâmico. Sendo assim o filme entra na outra lista.

Muito bem vamos lá



10° "IT - A Coisa" dirigido por Andres Muschietti
O que tem aqui é basicamente uma história similar com a série Stranger Things com execução narrativa de Invocação do Mal. Pode parecer cópia, por outro lado, a série da Netflix foi inspirada no famoso livro de Stephen King. Mesmo assim foi uma surpresa ao conseguir agradar boa parte do grande público inclusive os fãs da obra originária; já que o filme conseguiu entender a essência do livro, mais do que causar jumpscares (sustos), espectadores se empatizaram com os personagens. O palhaço Pennywise não chega ser assustador e nem ter o mesmo carisma da versão televisa de 1990 por conta do uso de excessivo de efeitos visuais mas desta versão ainda tem o sadismo que torne um bom vilão. Não é a melhor adaptação de Stephen King mas pelo menos conseguiu colocar as adaptações das obras do autor de volta em grande estilo desde O Nevoeiro (2007). Vale o décimo lugar da lista.


9° "Okja" dirigido por Bong Joon-ho
Do mesmo diretor dos filmes: O Hospedeiro (2006), Mother - A Busca pela Verdade (2009) e O Expresso do Amanhã (2013); aqui também há uma mistura de vários gêneros (drama, comédia, ação, ficção cientifica e até um pouco de terror) bem equilibrados e com uma condução narrativa visceral capaz de comover e chocar. Os efeitos visuais da criatura Okja são impressionantes e interação com a protagonista no primeiro ato é belo. A partir do segundo ato qualidade cai um pouco, mas não prejudica a obra graças a reflexão da cultura do consumismo e a crítica do capitalismo das grandes corporações. Okja é um dos melhores filmes da Netflix desde Beasts of No Nation. Vale o nono lugar da lista.


8° "Spider-Man: Homecoming" ou "Homem-Aranha: De Volta ao Lar" dirigido por Jon Watts
Segundo reboot do Homem-Aranha, desta vez feito em parceria com a Marvel Studios, obteve os três grandes acertos: n° 1 este não é mais um filme de origem, ou seja, nada do herói sendo picado por uma aranha radiativa e a morte do tio Ben, a história começa onde Guerra Civil tinha parado; n°2 o ator Tom Holland é o melhor Homem-Aranha e Peter Parker do cinema sem ter exageros e é menos tímido como foram os interpretes anteriores; e n°3 o uniforme que além de bonito também há maior lógica de como funciona, fazendo mais sentido ser um traje criado pelo Tony Stark do que uma roupa de tecido. Outro que merece destaque é o vilão interpretado pelo Michael Keaton que não é mais um megalomaníaco e ele tem motivações compreensivas. Mesmo sendo desnecessário e tendo alguns dos velhos problemas dos filmes da Marvel (excesso de piadas e ficar citando futuros filmes da empresa) De Volta ao Lar consegue tirar a mancha dos três filmes anteriores do herói aracnídeo. Merece o oitavo lugar da lista.


7° "Baby Driver" ou "Em Ritmo de Fuga" dirigido por Edgar Wright
A história é bem clichê e com personagens rasos o que tinha tudo para ser uma obra esquecível se não fosse pela direção de Edgar Wright, o mesmo que fez a trilogia Sangue &  Sorvete ou também chamado de Cornetto (2004-2013) e é conhecido por criar os frames perfeitos com a imagem e mixagem de som. Aliás junte a isso com a técnica do "Mickey-Mousing"(https://www.youtube.com/watch?v=EjXztgyQHQQ) que consegue dar uma ótima dinâmica com as cenas de ação. O filme não é perfeito e nem é o melhor trabalho de Wright mas é uma boa alternativa para quem já cansou da franquia Velozes e Furiosos. Vale o sétimo lugar da lista.


6° "Logan" dirigido por James Mangold
Depois do sucesso de Deadpool o novo filme do Wolverine decidiu seguir o mesmo caminho de ter classificação etária para maiores de 16 anos, só que ao invés do humor escrachado do anti-herói tagarela a obra de Mangold é um retrato mais trágico da decadência e da melancolia de um super herói. Pela única vez pode-se ver o Logan como realmente é nas HQs um personagem bruto, feroz, cheio de agonia, violento e abalado pelo passado. Apesar de ser um drama o filme tem cenas de ação e luta bem feitas e também dosadas uma raridade ao gênero. Para fechar não tem como falar da ótima atuação do Hugh Jackman e Patrick Stewart que carregaram seus personagens por 17 anos e conseguiram se despedir no melhor estilo que dificilmente vamos ver alguém fazer algo parecido. Sexto lugar da lista.


5° "Coco" ou "Viva - A Vida é Uma Festa" dirigido por Lee Unkrich e Adrian Molina
Assim como foi em Divertida Mente (2015), mesmo não sendo uma história original, a estrutura narrativa é um pouco previsível e sem surpresas. Por outro lado o visual é sensacional, o mundo dos mortos é belo, cheio de cores vivas e faz o espectador ficar imerso. O retrato do dia dos mortos também merece destaque na trama sobre a importância da memória para manter o valor de vida daqueles que se foram e junte isso com o terceiro ato que Pixar faz de melhor em mexer com as emoções desde Toy Story 3. E para fechar ainda tem a música "Remember Me" é a melhor canção do estúdio superando inclusive "You've Got a Friend in Me". Vale o quinto lugar da lista.


4° "Dunkirk" dirigido por Christopher Nolan
Ao contrário de muitos filmes guerras a obra de Nolan fugiu de alguns paradigmas do gênero como: a violência ser tênue de não querer mostrar o horror infernal da batalha e falta de um personagem capaz de comover o espectador quando há morte. Outra proposta ousada do diretor é sua montagem na qual o filme é conduzido por três linhas narrativas em determinado tempo: na terra (uma semana), no mar (um dia) e no ar (uma hora) que não chega a confundir mas há probabilidade de encontrar algum furo. Merecem os destaques a mixagem de som e os efeitos sonoros que conseguem te colocar de maneira imersiva no confronto, junte com a trilha sonora do Hans Zimmer que contém um tic-tac durante todo filme para soar como minutos de tensão e claro os outros detalhes técnicos impressionantes. Merece o quarto lugar da lista.


3° "Get Out" ou "Corra!" dirigido por Jordan Peele
Temos aqui um caso raro de um filme de baixo orçamento que acabou virando blockbuster de forma inesperada graças ao boca-boca do público. Por mais que seja considerado terror o filme conseguiu ultrapassar a barreira do gênero graças a sua crítica satírica-social  sobre o racismo norte-americano acompanhado também com humor negro e até o ácido. Essa mistura tinha tudo para errado podendo inclusive perder seu proposito; mas tudo isso acaba servindo para seu mistério instigante e isso também funcionou graças elenco talentoso que consegue conduzir bem a trama. A maior virtude do filme seja do estreante diretor Jordan Peele conhecido por ser humorista e entrega uma nova experiência ao horror conseguindo surpreender até quando revê. Corra é o filme mais original dos blockbusters e foi a maior surpresa do ano. Vale o terceiro lugar da lista.



2° "Star Wars - The Last Jedi" ou "Os Últimos Jedi" dirigido por Rian Johnson
Um dos filmes mais polêmicos da saga e também é o que mais dividiu opiniões, mas eu adorei o filme. Claro que o filme tem problemas: é longo demais, excesso de personagens sendo que um foi muito mal aproveitado e sub-tramas que arrastam o desenrolar da história poderiam ser perfeitamente retiradas na edição final. Mesmo assim as qualidades conseguem pesar mais. Se no filme capitulo anterior (O Despertar da Força) muitas pessoas reclamaram era parecido com Episodio 4 (Uma Nova Esperança) e que este poderia ser parecido com mais outro filme; pois aqui conseguiu surpreender o público com o roteiro  mais ousado envolvendo personagens e situações inesperadas, os protagonistas principais ganham mais desenvolvimento. E para fechar todos os aspectos técnicos são impressionantes se tornando assim o filme com visual mais bonito da saga. Enfim é um dos espetáculos áudio-visual mais agradáveis do ano. Vale o segundo lugar da lista.


1° "War for the Planet of the Apes" ou "Planeta dos Macacos: A Guerra" dirigido por Matt Reeves
Depois da trilogia Bourne (2002-2007) temos aqui um caso raro na qual a cada sequência superou o antecessor e consegue fechar a trilogia de forma mais épica. Este mantém tudo o que funcionou na franquia: tom sério e trágico, o desenvolvimento dos personagens, temas reflexivos e claro os efeitos visuais feitos em CGI de alta qualidade que sempre estavam a serviço da história; e também acrescentar novos ingredientes (uma criança na trama e humor) que a principio eram arriscados e acabaram funcionando. Para fechar temos o personagem Caesar (Andy Serkis) que tem o arco dramático mais rico e fascinante dos últimos anos. Por estes motivos eu considerado Planeta dos Macacos: A Guerra o melhor blockbuster de 2017.


MENÇÃO-HONROSA

Imagem relacionada     Imagem relacionada     Imagem relacionada      Imagem relacionada      Imagem relacionada      Resultado de imagem para Split poster            Imagem relacionada      Imagem relacionada