sexta-feira, 5 de junho de 2015

Crossover dos Eco-Chatos




“Crossover dos Eco-Chatos”
Escrito por Robson Nakazato
(23/04/2015 – quinta feira)



Cena abre com uma bola pulando escrito “meio ambiente”, depois aparece outro escrito “social” e novamente mais uma escrita “economia”. Abre com plano maior demonstrando um acadêmico Engenheiro Ambiental fazendo malabarismo com os três pilares da sustentabilidade. Junto com ele está um acadêmico Gestor Ambiental fazendo analises de vários documentos.

ENGENHEIRO – Claustrofobia é que define nosso trabalho de proteção ao meio ambiente.
GESTOR – Esse é o trabalho de ativistas que abraçam arvores. Somos minimizadores de impactos ambientais de empresas e organizações.
ENGENHEIRO – Mas depois daqui vamo lá no DÊ-BAR?
GESTOR – Sei não. Ainda tem mais coisa para ver.
ENGENHEIRO – Como assim mais coisa? Eu já terminei todos os cálculos e estatísticas das empresas nessa operação. Vocês gestores não fazem o... Como é mesmo o nome? Analise SWOT ou FOFA, Plano de Ação, licenciamento, geoprocessamento, educação ambiental, SEIYA/RIA...
GESTOR – É EIA/RIMA. E ainda vejo: analise de riscos, segurança, saúde & higiene, previsão analítica dos fatores futuros, os projetos integrados...
ENGENHEIRO – Políticas Nacionais e economia ambiental.
GESTOR – Sim. Mas você da engenharia ambiental também aprende essas duas ultimas também. Alem daquelas disciplinas sombras-perseguidoras de cálculo e VGA (Vetores e Geometria Analítica).
ENGENHEIRO – Tá, tá, tá. Já entendi o que você quis dizer. Você é o cara com visão holística integrada dos fatores. E eu como engenheiro só sou apenas um técnico concentrado em único foco através dos cálculos e da física.
GESTOR – Mas já que você tá fazendo o malabarismo da sustentabilidade queria ver um pouco da sua opinião sobre as empresas na “Operação Sem Recursos”.
ENGENHEIRO – Beleza.

Engenheiro deixa de fazer o malabarismo. Pega papéis anotados.

ENGENHEIRO – Não se esqueça do objetivo. Com poucos recursos naturais raríssimos e orçamento paupérrimo a serem liberados para apenas uma organização empreendedora.
GESTOR – Ok.
ENGENHEIRO – Eu vi aqui alguns dos mais ideais na minha opinião e você me diga o que acha.
GESTOR – Beleza. Fala ai algum.

De repente fica um silencio. O Gestor olha o Engenheiro com olhar estranho.

ENGENHEIRO – OK. Primeiro aqui é... Cerebrus, colégio cujo lema é “deixando seu mente igual à cintura de seu diretor”. Desejo deles é utilizar os reursos para amostras à feira de ciências.
GESTOR – Mesmo que os alunos tenham educação ambiental, eles vão pouco se importar e vão apenas focar no consumismo de eletrônicos.
ENGENHEIRO – Que acabam utilizando o consumismo como um escape. É bem pensado. (Marca um X)
GESTOR – Qual é o outro?
ENGENHEIRO – CNTvBr a empresa de seriados, reallity shows e programas com quadros plágios.

Engenheiro e Gestor olham com cara azeda. Gestor faz um sinal com mão fazendo corte no pescoço. Engenheiro amassa o papel. Ambos estão completamente confiantes sobre o histórico da grande geração de resíduos. Passam horas e horas intermináveis (que pareciam aulas de faculdade) de analise de várias companhias.

GESTOR – E então sobrou mais algum?
ENGENHEIRO – Bom. Tem um “Arcando Desejo”. Essa é nova.
GESTOR – O que essa companhia tem?
ENGENHEIRO – Não muita coisa. Acabou de inaugurar e o dono é ex-professor universitário.
GESTOR – É mesmo. E qual é o negocio dele?
ENGENHEIRO – Reciclagem de reuso/reaproveitamento. Produção artesanato e desing de produtos e materiais sustentáveis.
GESTOR – Como, por exemplo?
ENGENHEIRO – Cordinhas para pen-drive que vêm acompanhados com uma mini-caneta com aparência de papel reciclado. Moveis de puffs & sofás, e camada de flutuação utilizando garrafas pet. E também... (começa a sorrir e dar risada)
GESTOR – O que foi?
ENGENHEIRO – Dá uma olhada nisso!
GESTOR – (Pega o papel e começa achar graça também) Papel de parede utilizando alumínio junto com uma lâmpada florescente para gerar iluminação por todos os lados. O tênis de corrida que também é carregador de bateria de celular acabou de ser aprovado pelo mercado e próximo de ir às prateleiras.
ENGENHEIRO – Fala aí.
GESTOR – Futuro projeto. O aparelho que se implanta dentro do corpo humano entre o fígado e estomago. A mágica é utilizar a urina e a bosta da pessoa transformando-as em energia elétrica para sua residência.

Engenheiro e Gestor confiantes para quem irão ceder os recursos da operação.

ENGENHEIRO – Wohhh! Isso sim é o futuro.
GESTOR – Esse é um dos pouco que aprendeu o sistema “Pull” ao seu público.



Fim

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