“Crossover dos
Eco-Chatos”
Escrito
por Robson Nakazato
(23/04/2015
– quinta feira)
Cena abre com uma bola pulando
escrito “meio ambiente”, depois aparece outro escrito “social” e novamente mais
uma escrita “economia”. Abre com plano maior demonstrando um acadêmico Engenheiro
Ambiental fazendo malabarismo com os três pilares da sustentabilidade. Junto
com ele está um acadêmico Gestor Ambiental fazendo analises de vários
documentos.
ENGENHEIRO – Claustrofobia é que define nosso
trabalho de proteção ao meio ambiente.
GESTOR – Esse é o trabalho de ativistas que abraçam
arvores. Somos minimizadores de impactos ambientais de empresas e organizações.
ENGENHEIRO – Mas depois daqui vamo lá no DÊ-BAR?
GESTOR – Sei não. Ainda tem mais coisa para ver.
ENGENHEIRO – Como assim mais coisa? Eu já terminei
todos os cálculos e estatísticas das empresas nessa operação. Vocês gestores
não fazem o... Como é mesmo o nome? Analise SWOT ou FOFA, Plano de Ação,
licenciamento, geoprocessamento, educação ambiental, SEIYA/RIA...
GESTOR – É EIA/RIMA. E ainda vejo: analise de
riscos, segurança, saúde & higiene, previsão analítica dos fatores futuros,
os projetos integrados...
ENGENHEIRO – Políticas Nacionais e economia
ambiental.
GESTOR – Sim. Mas você da engenharia ambiental também
aprende essas duas ultimas também. Alem daquelas disciplinas sombras-perseguidoras
de cálculo e VGA (Vetores e Geometria Analítica).
ENGENHEIRO – Tá, tá, tá. Já entendi o que você quis
dizer. Você é o cara com visão holística integrada dos fatores. E eu como
engenheiro só sou apenas um técnico concentrado em único foco através dos cálculos
e da física.
GESTOR – Mas já que você tá fazendo o malabarismo da
sustentabilidade queria ver um pouco da sua opinião sobre as empresas na
“Operação Sem Recursos”.
ENGENHEIRO – Beleza.
Engenheiro deixa de
fazer o malabarismo. Pega papéis anotados.
ENGENHEIRO – Não se esqueça do objetivo. Com poucos
recursos naturais raríssimos e orçamento paupérrimo a serem liberados para
apenas uma organização empreendedora.
GESTOR – Ok.
ENGENHEIRO – Eu vi aqui
alguns dos mais ideais na minha opinião e você me diga o que acha.
GESTOR – Beleza. Fala
ai algum.
De
repente fica um silencio. O Gestor olha o Engenheiro com olhar estranho.
ENGENHEIRO – OK.
Primeiro aqui é... Cerebrus, colégio cujo lema é “deixando seu mente igual à
cintura de seu diretor”. Desejo deles é utilizar os reursos para amostras à
feira de ciências.
GESTOR – Mesmo que os
alunos tenham educação ambiental, eles vão pouco se importar e vão apenas focar
no consumismo de eletrônicos.
ENGENHEIRO – Que acabam
utilizando o consumismo como um escape. É bem pensado. (Marca um X)
GESTOR – Qual é o
outro?
ENGENHEIRO – CNTvBr a
empresa de seriados, reallity shows e programas com quadros plágios.
Engenheiro
e Gestor olham com cara azeda. Gestor faz um sinal com mão fazendo corte no
pescoço. Engenheiro amassa o papel. Ambos estão completamente confiantes sobre
o histórico da grande geração de resíduos. Passam horas e horas intermináveis
(que pareciam aulas de faculdade) de analise de várias companhias.
GESTOR – E então sobrou
mais algum?
ENGENHEIRO – Bom. Tem
um “Arcando Desejo”. Essa é nova.
GESTOR – O que essa
companhia tem?
ENGENHEIRO – Não muita
coisa. Acabou de inaugurar e o dono é ex-professor universitário.
GESTOR – É mesmo. E
qual é o negocio dele?
ENGENHEIRO – Reciclagem
de reuso/reaproveitamento. Produção artesanato e desing de produtos e materiais
sustentáveis.
GESTOR – Como, por
exemplo?
ENGENHEIRO – Cordinhas
para pen-drive que vêm acompanhados com uma mini-caneta com aparência de papel
reciclado. Moveis de puffs & sofás, e camada de flutuação utilizando
garrafas pet. E também... (começa a sorrir e dar risada)
GESTOR – O que foi?
ENGENHEIRO – Dá uma
olhada nisso!
GESTOR – (Pega o papel
e começa achar graça também) Papel de parede utilizando alumínio junto com uma
lâmpada florescente para gerar iluminação por todos os lados. O tênis de
corrida que também é carregador de bateria de celular acabou de ser aprovado
pelo mercado e próximo de ir às prateleiras.
ENGENHEIRO – Fala aí.
GESTOR – Futuro
projeto. O aparelho que se implanta dentro do corpo humano entre o fígado e
estomago. A mágica é utilizar a urina e a bosta da pessoa transformando-as em
energia elétrica para sua residência.
Engenheiro
e Gestor confiantes para quem irão ceder os recursos da operação.
ENGENHEIRO – Wohhh!
Isso sim é o futuro.
GESTOR – Esse é um dos
pouco que aprendeu o sistema “Pull” ao seu público.
Fim
Nenhum comentário:
Postar um comentário