quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Top 10 – Melhores Filmes de 2015




Assim como foi ano passado eu vou dividir a lista em duas categorias de filmes: Alternativos e Blockbusters. 
O motivo para a divisão é simples: tudo é uma questão de publico alvo. Há aqueles que gostam de: tiros, explosões, porrada, efeitos visuais e humor forçado para rir. Enquanto há outros que preferem acompanhar: historia, roteiro, diálogos, atuações, direção ou aspectos técnicos. 
Só uma observação, não vai entrar na lista alguns filmes que foram lançados no inicio do ano principalmente os que concorreram às premiações (como Oscar ou Globo de Ouro). Então nada de: Birdman, Whiplash, Foxcatcher ou Selma.  

Muito bem vamos começar...


Top 10 – Melhores Filmes de 2015

ALTERNATIVOS



10° - “Ex-Machina (Instinto Artificial)” dirigido por Alex Garland: Uma das grandes surpresas do ano. Ficção cientifica com um roteiro inteligente, redondo e acessível que trata de questões como: inteligência, tecnologia e responsabilidade no conflito de humano versus maquina.



9° - “Entre Abelhas” dirigido por Ian SBF: Quem diria que o canal Porta dos Fundos faria um DRAMA (ou  DRAcomédia). Fabio Pochart conseguiu se livrar de seus maneirismos e do seu vício de ser hilário. Mesmo que o filme seja carregado de clichês conseguiu abordar um tema ousado (mesmo ainda superficial) e tendo ainda boas atuações.



8° - “Black Mass (Aliança do Crime)” dirigido por Scott Cooper: Mesmo carregado com alguns problemas como: falta de ritmo, direção mediana e grande elenco sem muito espaço para brilhar; tem uma historia interessante e traz Johnny Depp de volta a fazer um bom filme desde “Inimigos Públicos” (2009).



7° - “It Follows (Corrente do Mal)” dirigido por David Robert Mitchell: Filmes de Terror de hoje em dia que se resumem apenas a: refilmagens, sustos de jumpscares e litros de sangue. Por sorte este tomou rumo totalmente diferente porque há tempos que não se via um filme capaz de causar medo através de tensão de maneira minimalista. Por mais que o filme tenha poucos recursos ele consegue fazer o público ficar tenso de olhos bem abertos.


6° - “Beats of No Nation” dirigido por Cary Joji Fukunaga: Netflix começou com pé direito em seu primeiro filme tratando de um tema pesado, macabro e nada melodramático. Mesmo sendo muito incomodo de assitir o filme é muito bem feito desde a direção, os aspectos técnicos são bem trabalhados, e atuações magníficas de Idris Elba e do estreante Abraham Attah.



5° - “Bridge of Spies (Ponte de Espiões)” dirigido por Steven Spielberg: Filme feito a moda antiga e clássica do cinema americano (dos anos 30 a 50) com muitos diálogos e quase sem ação. Embora tenha duas tramas diferentes que prejudique um pouco ainda assim é impecável, unindo um time (diretor, roteiro, fotografia, musica e elenco) invejável.



4° – “As Memorias de Marnie” dirigido por Hiromasa Yonebayashi. Uma animação japonesa que trata de solidão e memória através da imaginação de uma jovem em crise. Não chega aos status de obra-prima dos mestres Hayao Miyazaki e Isao Takahata, mas tem muitas características de um bom filme do Studio Ghibli: uma boa história, cores bem visuais, belas paisagens e grandes personagens. Tornando assim uma ótima despedida de um dos maiores estúdios de animação oriental.



3° - “La Loi Du Marché (O Valor de Um Homem)” dirigido por Stéphane Brizé: Bem atual e sem nada a esconder sobre as situações do desemprego e o difícil custo de manter o emprego. Guiado por uma direção segura e por um protagonista que ainda consegue carregar o filme nas costas.



2° - “Que Horas Ela Volta?” dirigido por Anna Muylaert: Este é o filme que o Brasil estava precisando, uma história simples que consegue ser bom (chegando a lembrar de "Central do Brasil" de 1998) e sem ter algum tipo de exageros gritantes como: Cidade de Deus, os Tropa de Elite e até essas comédias terríveis de ver. Pela primeira vez vemos uma Regina Cazé que não é aquela figura de mulher do povão pobre que todo mundo não a suporta.



1° - "The Reverant (O Regresso)" dirigido por Alejandro González Iñárritu: Filme espetáculo quase-irretocável, tudo funciona desde: aspectos técnicos (ambientação, figurino, direção de arte bem trabalhada, ótima trilha-sonora e uma magnífica fotografia), cenas em plano-sequencia cuidadosos, a direção e claro as atuações.  É uma das melhores historias sobre jornadas de sobrevivência entre homem versus natureza e também de vingança. O único problema é um pouco arrastado, poderia ter 10-20 minutos a menos do que sua duração original de 156 minutos. E a pergunta que não quer calar "Leonardo DiCaprio vai finalmente ganhar seu tão sonhado Oscar?"; é um pouco cedo (há outros candidatos ainda não vi) mas é sem duvida é o maior (desafio) e melhor papel da carreira dele.

BLOCKBUSTERS



10° - “007 Contra Spectre” dirigido por Sam Mendes: Filme da série James Bond apenas Ok; com uma boa direção, uma memorável plano-sequencia no México, boas cenas de ação, bom capanga (Dave Batista), bons aspectos técnicos e um Daniel Craig bem a vontade mesmo que com seu desgaste ao personagem. Porém o vilão e as Bondgirls se esperavam mais vindos de um roteiro ruim que ficou a sombra de Skyfall (2012).



9°– “Kingsman: Serviço Secreto” dirigido por Matthew Vaugh: Sem querer se levar a sério mesmo com muita violência gráfica explicita consegue ser uma divertida e também homenagem/paródia aos antigos filmes de James Bond. Contando no elenco dois protagonistas surpresas (Colin Firth e Taron Egerton) e vilão que está se divertindo (Samuel L. Jackson).



8° – “In the Heart of the Sea (No Coração do Mar)” dirigido por Ron Howard: Perdeu muitas oportunidades para refletir a inspiração do livro de Moby Dick. Mesmo com um elenco bom sem alguma interpretação memorável, o filme é salvo pelos aspectos técnicos (efeitos visuais, som, fotografia, reconstituição de época e musica).



7° – “Ant-Man (Homem-Formiga)” dirigido por Peyton Reed: Um filme da Marvel que te deixava com baixas expectativas (“mais um herói” e “mais um vilão megalomaníaco”) que no final te surpreende. Trama é bem simples, Paul Rudd como herói tornou uma surpresa e Michael Douglas é de longe o melhor personagem coadjuvante de todo universo marveliano. 



6° – “The Martian (Perdido em Marte)” dirigido por Ridley Scott: Os maiores problemas são: alguns furos no roteiro e o grande elenco com muitos personagens coadjuvantes não aproveitados. Em compensação tem bastante humor (algo que ninguém esperava), ótima atuação de Matt Damon e traz de volta um bom filme do diretor Ridley Scott desde American Gagster (2007).



5° - “Mission Impossible: Rogue Nation (Missão Impossível: Nação Secreta)” dirigido por Christopher McQuarrie: 2015 foi o ano dos agentes secretos (007, Kingsman, Agente da UNCLE e este). Comparando em alguns pontos, tudo que James Bond (em Spectre) errou o Ethan Hunt acertou como: uso de sua formula clichê e a vontade de seu ator-protagonista estar na franquia. Não chega a ser o melhor filme da série, mas ainda assim é boa diversão escapista que respeita a inteligência do publico.



4° – “Inside Out (Divertida Mente)” dirigido por Peter Docter: Mais uma da Pixar (não chega a ser original) que consegue executar bem suas três sub-tramas nas quais são acompanhadas com boas ideias bem viajantes porém acessíveis de interpretar. As cinco emoções são bem retratados como personagens e suas piadas conseguem divertir tanto o publico infantil quanto adulto.



3° – “Avangers: Age of Ulton (Vingadores: Era de Ultron)” dirigido por Joss Whedon: Agora os poderosos da Marvel são “deuses” tiveram que enfrentar um inimigo muito maior do que o próprio filme: sua enorme expectativa que girava em torno dele. Mesmo sendo similar com filme anterior e alguns personagens não são tão bons (os gêmeos e o próprio vilão Ulton), ainda é um espetáculo visual escapista e com maior desenvolvimento em alguns heróis (principalmente o Gavião Arqueiro).



2 ° – “Star Wars – Episode VII - The Force Awakens (O Despertar da Força)” dirigido por J. J. Abrams: Após 33 anos a saga volta com retorno daquela mesma energia da trilogia original, trazendo uma nostalgia para antiga geração e aos novos fãs. Os efeitos especiais e visuais são utilizados moderadamente gerando incríveis cenas de batalhas áreas e de lutas sem muita coreografia. Os personagens tanto antigos quanto novos são ótimos para dar continuidade à saga cuja “força” ainda não perdeu o gás.


1° - Mad Max – Fury Road (Estrada da Fúria): Mesmo não sendo uma continuação direta da trilogia e sem a presença de Mel Gibson, o diretor George Miller (com 70 anos) demostrou que ainda tem aquela energia de fazer um filme excepcional contando uma história simples sobre uma perseguição. Tudo feito com base de efeitos especiais práticos como: explosões, carros sendo destruídos e dubles sendo jogados ao ar trouxeram um realismo impressionante; enquanto os efeitos feitos em CGI são utilizados apenas quando houver alguma necessidade e não para tampar toda a ação. 


Menção Honrosa:


      




2015 foi o ano bacana.
Desejo a vida de todos, tudo de bom a melhor.